quarta-feira, 24 de outubro de 2007

"O coração que se desfez não morrerá pra vocês".

Palavras do próprio Liô. Como ele poderia prever?

XXX

Às vezes não consigo entender algumas coisas que me ocorrem. Sou capaz de conviver diariamente com uma pessoa e no fim não me sentir ligada a ela e de maneira contrária, posso sentir um carinho grande por alguém que conheço há poucos dias.

Aqui falo sobre amizade e não de amor entre homem e mulher. Mas peraí!!! Eu acredito plenamente em amizade entre homem e mulher e também acredito que amizade é uma forma de amar. Bem, espero que tenha entendido!

Estes dias eu e Mayra estamos tendo certas crises de saudades de Sr. Liô Mariz. Ele é um jovem músico que trabalha no céu. Pouco sabemos dele, mas tivemos a oportunidade de “nos despedir”, pena que isso aconteceu no mesmo dia em que o conhecemos.

Liô tocava na banda Som da Rua, aqui do Rio de Janeiro e que estava crescendo, alcançando o que tanto batalhava e eu e minha irmã somos fãs das músicas da banda. Ele era muito talentoso, o que foi comprovado em vida. Também era muito querido, que ficou ainda mais claro com a sua precoce morte.

Esse é meu medo: perceber o quanto gosto de alguém quando perdê-la. Cheio de lições isso aqui, mas a minha cabeça é assim mesmo.

Voltando...
Eu não consigo entender como pode haver tanto sentimentos por alguém que tive pouco contato. Mas como diz dona Clarice: “viver ultrapassa todo entendimento”.

Eu não sei como é morrer. Ninguém que já morreu voltou pra me dizer como é, mas eu acredito em algumas coisas que, como Daniel diz “foram criadas pra consolar quem vive”. Eu acredito que quando morrer vou pro céu e lá encontrarei quem já morreu e sem dúvidas, a pessoa que mais espero ver é esse cara de quem falo aqui.




Visivelmente bonito... mas o que interessava mesmo, nem todo mundo pode ver.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom, sem entrar em embates filosóficos sobre crenças, muitas pessoas que já morreram já voltaram para dizer como foi e como é, e ainda vêem fazendo constantemente nos Centros Espíritas Kardecistas pelo Brasil e pelo mundo afora. Muito sobre as afinidades humanas são explicadas nos ensinamentos dos espíritos compilados por Kardec e por outros médiuns kardecistas. Mas, enfim, qualquer dia desses, se você se interessar, podemos conversar mais a respeito.

Mas, isso é apenas uma resposta ao comentário que você faz ao tema principal... Eu gostaria mesmo é de acrescentar uma experiência similar que tive a uns anos atrás.

Fui a Saquarema, com uma casal de amigos, passar um final de semana desses prolongado por um feriado na casa da tia desse amigo.

A história dela é muito interessante, vítima do câncer, a tia Aú, naquela época, desafiava as previsões médicas que davam a ela 6 meses de vida vivendo mais de 6 anos aproveitando a vida de maneira muito mais intensa e feliz, nas palavras dela mesma.

Ela antes morava na Europa, já havia feito várias viagens interessantes, passeado na cabeça de elefantes e, coisas do gênero.

No diagnóstico da época, ela ficou arrasada, complicando muito mais o seu estado, ela não tinha chances de sobrevida. Foi quando resolveu vir para o Brasil para ficar mais próxima da família.

Com o passar do tempo ela aprendeu que cada dia dela era único e passou a curtir o prazer nas pequenas coisas e nos pequenos gestos. Em uma de nossas conversas, ela disse que até os analgésicos ela estava evitando porque até a dor mostrava pra ela que ainda estava viva!!! Essa frase eu nunca mais esqueci...

Acabou que naquele final de semana, eu posso me dizer que me apaixonei por aquela senhora. Pela sua história de vida, pela intensidade na qual cada momento era vivido (sem as atrocidades que imaginamos ao pensar nisso...) e pela coisas boas que ela passava, não só em palavras, mas em gestos, e atitudes. Havia uma aura de felicidade contagiante e algo de encantador em tudo por ali. Saí de lá modificado e muito ligado com ela e aqueles momentos, mas eu mesmo nem sabia o quanto...

Até o dia, um tempo depois, que soube de sua passagem. Meu amigo me comunicou o falecimento dela como um fato triste mas normal, algo "esperado", pra uma pessoa que não tinha ligações emocionais com aquele ser.

Minha reação, pro meu espanto e para o dele foi de sentir uma perda, fiquei abalado pela notícia. E olhe que depois desse final de semana eu nem havia mais tido outra oportunidade de ter mais de um ou dois minutos de papo com ela. Eu acho que no fundo eu gostava da idéia de, um dia, quem sabe, poder desfrutar de momentos tão bons quanto daquele fim de semana na presença de figura tão doce e tão vívida. Eu gostava de saber que existia uma pessoa que havia alcançado uma plenitude na vida, lamentava que essa doença fatal fosse a causa disso, mas a admirava mesmo assim. Nunca mais a esqueci. Hoje, teho certeza que ela está feliz em algum lugar da eternidade selando pelos seus e trabalhando pela evolução de outros, segundo o que acredito... É claro. E sou feliz por saber que sua provação na Terra tenha servido para sua evolução.

Sobre essas afinidades, nos ensinamentos espíritas está descrito que elas se dão ou por comprometimentos que fizemos no plano espiritual antes de reencarnarmos, seja para expiação de nossas ações anteriores ou para aprendizado, em direção à evolução moral, ou por afinidades que também trazemos do plano espiritual, espíritos que mesmo sem ter aparente relação por aqui, trazem afinidades por aproximação no além ou por estarem no mesmo patamar evolutivo.

Estou eu aqui de novo falando nisso... Hehehe

Enfim, eu quiz apenas compartilhar minha história também.

Grande abraço!
:D

Hasta la victoria! \o/

Anônimo disse...

By the way...

Chubby é o meu apelido na faculdade. Não me pergunte por que...

Antes que você fique intrigada sobre esse tal de Chubby, assino:

Carlos Rodrigo.